sexta-feira, 25 de maio de 2012

Miguel Relvas diz que foi ele quem se sentiu pressionado

O ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou ontem que foi ele quem se sentiu pressionado pelo jornal Público, no caso das 'secretas', negando ter feito qualquer tipo de ameaça a jornalistas.

O Público desmente-o e reitera a acusação. "Senti-me pressionado", disse o ministro após a audição na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) sobre o caso em que Relvas é acusado de ter feito ameaças a uma jornalista na sequência de perguntas sobre supostas contradições na comissão parlamentar de inquérito sobre as 'secretas'. "Porque é que me foi dado 32 minutos para responder a uma pergunta a meio da tarde, num caso que já não tinha actualidade, que já tinha sido na véspera abordado no Parlamento?", questionou Relvas. "Foi nessa base que me insurgi com a editora de política do Público e com a directora" do jornal, acrescentou. Assumindo-se "de consciência tranquila", Relvas garantiu que na audição de ontem na ERC "todas as questões foram respondidas" e reiterou: "Não houve da minha parte qualquer pressão. Não houve ameaças". "Não falei com a jornalista em causa, nem tenho conhecimento da vida pessoal dela", garantiu. Relvas desmentiu ainda a acusação do conselho de redacção do Público de que ameaçou promover um backout do Executivo daquele jornal.

Ouvida também pela ERC, a directora do Público, Bárbara Reis, reiterou que Relvas pressionou o jornal. “Que ninguém tenha dúvidas sobre o que se passou: houve pressão e nós não cedemos à pressão. Nunca nos deixámos intimidar em 22 anos”, disse.

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