terça-feira, 28 de junho de 2011

Militante do Luxemburgo candidato a líder do PS

Um militante do PS no Luxemburgo apresentou a candidatura a secretário-geral do partido. Fernando Camaño Garcia, funcionário do Banco Europeu de Investimento, não espera vencer, mas quer suscitar a discussão interna no partido. "Não sou um político profissional", garante Camaño Garcia. "O que me move é ser um cidadão interessado e nada mais".

O militante socialista da secção do Luxemburgo apresentou a candidatura a secretário-geral do partido, mas não tem ilusões: se a candidatura for aceite, não espera vencer contra António José Seguro e Francisco Assis, até agora os únicos candidatos à liderança do PS. Mas quer suscitar o debate interno no partido. Para isso, apresentou a moção "Por um Portugal vivo", que preconiza a reforma do sistema político e judiciário e "aponta para a assunção de responsabilidades políticas" do PS, "numa fase em que o país está numa situação de enorme crise". "Não tenhamos dúvidas: o PS é co-responsável", diz.

A candidatura foi apresentada dentro do prazo, confirmou o PS à agência Lusa – quem primeiro avançou a notícia –, mas tem irregularidades que devem ser corrigidas até sexta-feira. Segundo o POINT24 conseguiu apurar, o número de assinaturas apresentadas é inferior ao mínimo regulamentar. São precisas cem assinaturas para que a candidatura seja aceite, explicou Fernando Garcia ao POINT24 , recusando avançar quantas ainda tem de reunir para validar a candidatura . O militante socialista já pediu a prorrogação do prazo para regularizar a candidatura, mas ignora se o pedido vai ser deferido. "Mesmo que não venha a ser candidato, a nossa vitória é ter conseguido mostrar que os militantes de base conseguem apresentar ideias", diz. O socialista espera que a moção seja discutida pela direcção do partido, e já enviou cópia por email a Seguro e Assis, mas não obteve qualquer resposta.

Camaño Garcia é funcionário do Banco Europeu de Investimento (BEI), sediado no Luxemburgo, onde viveu nos últimos três anos. Actualmente, está destacado na Grécia, também ao serviço do BEI, mas já viveu em Timor, onde trabalhou nas Nações Unidas, e nas ilhas Fiji, antes de vir para o Grão-Ducado.

A viver no estrangeiro "desde 1986", o militante do PS defende que os emigrantes "precisam de mais atenção e representação", um ponto que também é abordado na moção.

P.T.A (com Lusa)
Foto: Lusa

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