segunda-feira, 23 de maio de 2011

Hoje é "Portuguese Day" em Wall Street

Cerca de 14 empresas portuguesas cotadas na Euronext de Lisboa abrem esta segunda-feira a sessão de uma das maiores praças financeiras mundiais, a Bolsa de Nova Iorque, em plena Wall Street.

O evento, chamado de ‘Portuguese Day’, é organizado pela Euronext Lisboa e pelo Banco Português de Investimento (BPI) e leva ao New York Stock Exchange (NYSE) 14 das 20 empresas que compõem o índice PSI 20 de forma a dar a conhecer as oportunidades de investimento em Portugal num contexto de ajuda externa.

O ‘Portuguese Day’ na NYSE terá ainda a presença do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos e os principais responsáveis das 14 empresas portuguesas cotadas na Euronext Lisboa.

O dia de Portugal na Bolsa de Nova Iorque conta com a participação, entre outros, de Fernando Ulrich (BPI), Vasco de Mello (Brisa), Manuel Ferreira de Oliveira (Galp), Rui Cartaxo (REN), Carlos Duarte de Almeida(Banif), Paulo Fernandes (Altri), Ana Maria Fernandes (EDP Renováveis) e Francisco Lacerda (Cimpor).

O evento deste ano, que será particularmente interessante dado o contexto de ajuda externa a Portugal por parte da União Europeia e do FMI, está a despertar curiosidade junto dos investidores norte-americanos.

Em entrevista à Lusa, o presidente da NYSE Euronext Lisboa, Luís Laginha de Sousa, refere que, com a terceira edição do evento, as empresas portuguesas têm uma oportunidade de “ultrapassar e tornear alguns dos constrangimentos” de financiamento que o atual momento económico não permite.

“Um país não tem só um lado negativo e Portugal tem muitos aspetos dos quais se pode orgulhar”, diz o presidente da Euronext Lisboa, acrescentando que o ‘Portuguese Day’ pode “reforçar a ideia de que Portugal continua a ter oportunidades e continua a ser um país viável e deve merecer a atenção dos investidores”.

Tal como nas edições anteriores, os responsáveis das empresas portuguesas irão tocar o sino de abertura da bolsa nova-iorquina na segunda-feira, o chamado ‘opening bell’, e depois descerão para o ‘trading floor’ (sala de transações), o coração da NYSE.

“Começámos a dinamizar estas iniciativas em Nova Iorque a partir do momento em que o grupo Euronext, a qual a Bolsa de Lisboa pertence, se fusionou com a NYSE”, frisa Laginha de Sousa, acrescentando que “foi um dos benefícios do facto da bolsa portuguesa estar integrada num grupo mundial de bolsas”.

Para o presidente da NYSE Euronext Lisboa, “o acréscimo de visibilidade permitiu-nos colocar as empresas portuguesas naquele que é considerado um dos palcos financeiros de maior relevância a nível mundial”.

Questionado se o mercado norte-americano pode ser uma saída para as empresas portuguesas em termos de financiamento, Luis Laginha de Sousa observa que os Estados Unidos, pela sua dimensão, “continuará a ser um local importante de captação de recursos financeiros” mas acrescenta que as empresas portuguesas cotadas “já têm uma base acionista muito internacional”.

Ou seja, o presidente da NYSE Euronext Lisboa frisa que “as empresas, mesmo desenvolvendo a sua atividade em Portugal, têm conseguido ser atrativas ao ponto de poderem atrair investidores estrangeiros que apostam nessas empresas”.

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