segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Angola: Padre católico apela a fiéis a não seguirem exemplo de povos de países árabes

A igreja católica em Angola apelou aos seus fiéis a não seguirem o exemplo dos povos de países árabes, que considerou serem “atitudes desordeiras e que resultam em sofrimento e mal-estar entre as pessoas”.

O apelo foi feito, durante a missa de domingo, pelo cónego Apolónio Graciano, que condenou na homília as revoltas populares contra a governação nesses países.

O cónego Apolónio Graciano, citado pela agência de notícias angolana Angop, referiu que o conflito armado de mais de três décadas que Angola enfrentou reflete bem “os constrangimentos de uma terra em guerra”, e, por isso, “as ações desenvolvidas pelos povos destes países não devem servir de exemplo para os angolanos”.

O pároco da Igreja Nossa Senhora dos Remédios e da paróquia de São Carlos Lwanga pediu ainda aos fiéis para que não incentivem o ódio entre os angolanos.

“Por todo o sofrimento vivido pelos angolanos durante a época de guerra, é escusado qualquer tipo de ações que venham a remeter este país a situações daquele contexto”, disse o cónego Apolónio Graciano, um dos padres com maior influência em Angola.

O apelo da igreja surge numa altura em que correm rumores, em Luanda, com base em e-mails que estão a circular na Internet e em dois sites sobre uma alegada manifestação, marcada para o próximo dia 07 de março, cujos organizadores são desconhecidos.

O e-mail da convocação da manifestação é assinado por alguém que escolheu o pseudónimo Agostinho Jonas Roberto dos Santos, que junta os nomes de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, Jonas Savimbi, líder histórico da UNITA, Holden Roberto, líder histórico da FNLA (os três já falecidos) e do atual Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

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