quinta-feira, 29 de julho de 2010

Luxemburgo: Grande manifestação em Setembro contra sistema de bolsas que deixa de fora filhos de fronteiriços

As centrais sindicais OGB-L e LCGB prometem uma grande mobilização para a manifestação que organizam a 16 de Setembro, às 17h, na place Clairefontaine, na cidade do Luxemburgo, para protestar contra o novo sistema de bolsas para o ensino superior que, denunciam, deixa de fora os filhos dos trabalhadores fronteiriços.

Um novo sistema de bolsas "mais generoso" foi introduzido em Julho pelo Governo para compensar o corte dos abonos familiares para os filhos com mais de 21 anos. O problema é que este novo sistema se aplica apenas a trabalhadores residentes, o que a OGB-L considera ser extremamente injusto.

"Dos 339 mil trabalhadores que o Luxemburgo tem actualmente, 148 mil são fronteiriços. Ou seja 44% da população activa. Se trabalham cá, se descontam cá, devem beneficiar dos mesmos benefícios que os outros trabalhadores do país", reivindicam as duas centrais sindicais em uníssono.

Esta discriminação põe em perigo paz social

Para a OGB-L, o facto de os filhos dos fronteiriços não poderem aceder a estas bolsas "é injusto", e vai "fomentar "sentimentos de discriminação" que podem vir a perigosamente "afectar a paz social" de que goza o Luxemburgo.

Queixa enviada para Bruxelas

A OGB-L já anunciou que vai mesmo apresentar queixa do Luxemburgo à Comissão Europeia por este violar o direito comunitário.

"É inaceitável que o Governo queira poupar dinheiro em detrimento dos fronteiriços. É intolerável penalizar trabalhadores sem os quais a economia luxemburguesa não se ageuntaria", lamenta a OGB-L que informa ainda ter enviado um carta sobre o assunto, há mais de uma semana, ao primeiro-ministro e que este ainda não se dignou a responder.

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