segunda-feira, 28 de junho de 2010

Alemanha: Responsáveis conservadores propõem testes de inteligência para imigrantes

Responsáveis do partido conservador da chanceler alemã, Angela Merkel, defenderam hoje a exigência de testes de inteligência aos candidatos a imigrantes na Alemanha, segundo declarações hoje publicadas no jornal diário alemão Bild.

“Devemos introduzir critérios que sirvam verdadeiramente o nosso Estado. Além de uma boa formação e de uma qualificação profissional, a inteligência deve entrar em consideração. Eu defendo testes de inteligência”, afirmou ao jornal Bild Peter Trapp, membro da CDU de Angela Merkel.

“Esta questão não deve ser mais um tabu”, adiantou o porta-voz para os Assuntos internos da secção de Berlim da CDU.

Esta proposta “é aberrante”, “discriminatória” e “também não revela ser muito inteligente”, reagiu o porta-voz adjunto do Governo alemão, Cristoph Steegmans, durante uma conferência de imprensa em Berlim.

Um outro responsável conservador, Markus Ferber, membro da CDU, da secção bávara da CDU, também defendeu o exemplo canadiano, afirmando ser favorável a uma harmonização da política de imigração europeia.

“O Canadá é bem mais avançado na matéria e exige dos filhos dos imigrantes um quociente intelectual mais elevado que o das crianças locais. As razões humanitárias como o reagrupamento familiar não podem ser a longo prazo o único critério para a imigração”, adiantou Ferber.

Como outros parceiros europeus, a Alemanha impõe testes de língua aos candidatos à aquisição de nacionalidade alemã, mas também testes que se destinam a provar conhecimentos de ordem social e jurídica alemã, e para os quais há cursos específicos de instrução cívica.

Em 2009, 734 000 pessoas emigraram e 721 000 imigraram da maior economia europeia, principalmente polacos e romenos.

No início dos anos 2000, mais de 800 mil pessoas por ano emigraram para a Alemanha, segundo estatísticas oficiais alemãs.

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