terça-feira, 28 de julho de 2009

Portugal: Apesar de promessa de actualização salarial de 2,9%, professores de Português no Estrangeiro protestam hoje frente à casa de Sócrates

O secretário-geral do Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE) garantiu segunda-feira que a concentração marcada para esta terça-feira junto à residência oficial do primeiro-ministro mantém-se até que o Governo garanta que "efectivamente resolveu os problemas".

O anúncio foi feito pelo secretário-geral da SPE, Carlos Pato, apesar de a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), que ontem reuniu com a secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP), ter adiantado que os docentes em causa vão "passar a ganhar mais 2,9% com direito a retroactivos desde Janeiro último".

"O que foi dito hoje à FNE não é nada de novo e nós não queremos uma resposta dada pela FNE. Queremos que um responsável do Governo nos garanta que efectivamente os problemas estão resolvidos", frisou o dirigente da SPE, afecto à Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

É por isso, salientou, que a concentração de docentes que dão aulas no estrangeiro - marcada para esta terça-feira junto à residência oficial de José Sócrates, em Lisboa - vai "manter-se até a SPE ser recebida por um responsável do gabinete do primeiro-ministro".

Carlos Pato salientou que, além da questão salarial e da não-separação dos subsídios de alimentação do valor da remuneração destes professores - questões que, alegadamente, ficaram resolvidas na reunião de segunda-feira entre a FNE e a SECP -, "há outras coisas em jogo", como o elevado número de horários incompletos existentes e o processo de avaliação de desempenho.

Uma posição partilhada pelo secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, que pediu "actos concretos" ao Governo.

"Se o Governo, por via da pressão feita pela Fenprof, entendeu chamar a FNE para dizer que vai resolver os problemas, é-nos indiferente. O que nos interessa é que os problemas ligados ao ensino português no estrangeiro sejam resolvidos", afirmou, garantindo que "o que importa é aquilo que vai ser dito amanhã [terça-feira] pelos responsáveis com os quais a SPE e Fenprof negoceiam".

Após a reunião que manteve segunda-feira à tarde com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, adiantou à Lusa que o Governo, além da actualização salarial em 2,9% com direito a retroactivos, também garantiu que iria proceder à separação dos subsídios de alimentação do valor da remuneração destes professores "com efeitos a partir de Setembro de 2009".

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